Pilates para Tenistas
28 de outubro de 2019
RPG x Pilates
7 de novembro de 2019

Pilates como tratamento para Síndrome de Down

Conhecido por trabalhar o reequilíbrio corporal e a reeducação postural, o método pilates vem sendo utilizado como forma de tratamento para pessoas com Síndrome de Down. Estes pacientes sofrem de atrasos motores, o que faz com que sejam necessários ajustes posturais, controle dos equilíbrios estático e dinâmico, além de melhoria da coordenação motora ampla e fina e da sensibilidade tátil.

Como o pilates é uma disciplina que se concentra nos músculos, peças-chave para a boa postura, o método é largamente indicado aos pacientes com Síndrome de Down devido ao fato de estas pessoas apresentarem a chamada hipotonia, que é a falta de tônus muscular, o que causa a flacidez.

Assim, o pilates pode ter um papel importante no objetivo de estimular a força muscular, a flexibilidade, a correção postural e o equilíbrio, além de reduzir o risco de lesões. O ideal é que o trabalho seja realizado com atendimento individual ao paciente considerado especial. Mesmo que existam mais pacientes em uma sala, a atenção à pessoa com a Síndrome de Down deve ser reforçada para que haja suporte ao equilíbrio.

O diferencial de uma aula de pilates para pessoas especiais é o aspecto lúdico. Eles costumam se distrair com muita facilidade, então, lançamos mão de atividades dinâmicas e de equipamentos que despertam o interesse, como é o caso da bola, por exemplo. O pilates utiliza, ainda, bastões, faixas elásticas e tábuas de equilíbrio, que trabalham o ajuste postural.

Os exercícios desenvolvidos são semelhantes aos praticados por pessoas que não têm a síndrome, contudo, as cargas utilizadas são mais leves. Além disso, o pilates para especiais trabalha com atividades que estimulam ações condizentes com problemas que eles geralmente apresentam, tais como comprometimento cardíaco e respiratório.

Uma das dificuldades apresentadas pelos portadores de Síndrome de Down diz respeito à respiração. Isso porque a hipotonia causa a inabilidade do músculo transverso abdominal em permitir a ação do diafragma. Este prejuízo, por sua vez, dificulta as respirações profundas, amplas e adequadas, aumentando as chances de infecções pulmonares e respiratórias. Diante deste quadro, a fonoaudióloga Sérgia Souza lembra que a hipotonia causa, ainda, o atraso na aquisição da linguagem e da fala.

“O ideal é que seja feito um trabalho junto ao pilates de estímulo à sucção, à mastigação e à deglutição. Assim conseguimos melhorar a tonicidade, o que contribui diretamente para o desenvolvimento da fala.”

Sérgia lembra a predisposição do paciente especial para desenvolver a respiração oral.

“Isso prejudica muito, pois causa alterações no humor, no sono, na alimentação, entre outras.”
Embora alguns classifiquem a Síndrome de Down de acordo com graus, a fonoaudióloga prefere considerar as capacidades de cada paciente.
“A evolução depende só do estímulo do meio. Além disso, devem ser consideradas as características individuais.” 


 

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *